Segunda-feira, 6 de Fevereiro de 2006

Gajas boas - a Saída para a crise

Serve esta minha intervenção para falar de um dos temas mais universais, talvez mesmo o mais universal (não, não é o futebol), de todos os que são comentados, falados, raciocinados por todos nós, homens (- paneleiragem + fufas): As gajas boas.

De notar, antes de mais, e antes que me chamem homofóbico, que não tenho nada contra a comunidade gay. Antes pelo contrário. Eu ambiciono que a comunidade gay se desenvolva, multiplique e deixe-nos a nós, homens heterossexuais, cada vez mais limitados em numero para que depois possamos usufruir do benefício de termos mais mulheres per homini. O rácio de 7 mulheres para um homem não passa de um ditado imbecil (tirando exemplos como o John Holmes, o 3 beiços, e aqueles sultões arábes com preenchidíssimos haréns) mas que poderá vir a concretizar-se no caso de crescimento expectável dos homemsexuais. Espera-se também que ao mesmo tempo haja uma diminuição das lésbicas (vulgo fufismo) ou, em compensação, que as mesmas passem todas a serem bissexuais (qué para ajudar no rácio).

Não julguem também as eventuais leitoras femininas, que o autor destas linhas é um misógino. Nada disso. Eu advogo a emancipação das mulheres, adorei (apesar de não ser nascido na altura) que numa determinada manifestação elas queimassem os soutiens, sou um apreciador da beleza feminina (característica que humildemente não penso ser exclusiva de mim só), e ambiciono que um destes dias as mulheres cheguem ao poder. De facto penso que o mundo seria muito melhor se as mulheres o governassem. Haveria claro está, os seus inconvenientes. Provávelmente os serões de futebol seriam preenchidos com programas da Oprah Winfrey, as tascas seriam substituídas por casas de chá, a literatura de chacha tenderia a aumentar, o tricot seria o desporto nacional, etc. Mas haveria os benefícios inerentes. E tantos mais seriam se o governo fosse composto por gajas boas, o que tentarei explicar mais abaixo.

O conceito de gaja boa tem evoluído ao longo dos anos. Vemos, pelas pinturas que se podem encontrar em qualquer museu, que a gaja boa na Idade Média tinha características diferentes daquelas que tem hoje. Isto tem apenas a ver com uma coisa, os gostos masculinos evoluíram também, e se antigamente uma roliça era considerada a quintessência da beleza, hoje não tem hipótese se comparada com a elegância da mulher moderna e sofisticada, que usa Aseptal.

A gaja boa terá sempre uma vantagem em relação àquela que é menos boa. Neurónios a mais ou a menos, aparece sempre na grelha de partida como tendo uma vantagem face às demais. É lógico que assim seja. De que vale uma gaja inteligente se não fôr boa? Um gajo não come inteligência, que eu saiba.

Depois há a constatar que a gaja boa está, normalmente, em forma e que se cuida. As menos boas começam a criar verdete nos entrefolhos, enquanto que a gaja boa, em virtude das solicitações e do seu (pouco habitual) altruísmo tem sempre a virtude de ser uma máquina bem oleada.

A gaja boa é uma instituição em qualquer país que se preze. O país pode ser pobre, pouco democrático, do 3º mundo, mas se tiver gajas boas, a potencialização desse país é um dado mais do que adquirido.

Vejamos por exemplo o nosso país irmão, o Brasil. Está cheio de gajas boas. São exportadas em pacotes telenovelescos, como manequins, como desportistas. São também responsáveis em grande parte pelo turismo (sexual, of course) que aflui devido a esse "factor". Que seria do Brasil se no seu carnaval não tivesse a desfilar mulheres de bunda apetecível? A gaja boa é pois sinónimo de fonte contributiva para as receitas de qualquer país onde não sejam obrigadas a usar burka.

A gaja boa, utilizando uma metáfora hortícola, é assim como que uma couve. Faz bem à saúde, combina bem com o chouriço, quer-se tenrinha para comer, e quando exposta, está sempre sujeita a que lhe toquem no grelo.

Portugal tem portanto que proceder à plantação deste tipo de couve. Os benefícios serão enormes.

As gajas boas devem ser o nosso desígnio nacional. O nosso fado, e sempre que possível, um fado com as vogais trocadas.

Começaríamos por convencer a UE a criar um programa de fundos para a multiplicação de gajas boas no nosso país. Assim como há os programas "Marco Polo", "Erasmus" (também conhecido pelo Orgasmus), e "Leonardo da Vinci", haveria por exemplo o programa "Ornella Mutti" (fetiche pessoal) ou, para alimentar o nosso egozinho, o programa "Elsa Raposo".

Empresas como os salões de cabeleireiros, os institutos de massagens, os health club para senhoras, seriam consideradas de utilidade publica e passariam a fundações para não terem que pagar impostos.

Tratamentos como os face liftings, a lipoaspiração, a implantação mamária ou a depilação definitiva das virilhas, seriam dedutíveis a 100% no IRS.

Portugal ficaria a ser conhecido pelo país das gajas boas. A nação da pulcritude. O oásis da luxúria possível. O paraíso da beleza. E exportaríamos esse conceito.

Belas portuguesas seriam convidadas para as mais diversas funções no mundo inteiro, nomeadamente aquelas ligadas a profissões de risco com as modelos ou as actrizes de cinema.

A modelo portuguesa não precisaria de ser uma boa profissional. Só precisaria, como a maioria dos modelos, de ser boa.

A actriz portuguesa, não precisaria de ser boa actriz, como a Soraya Peixoto não é. Só precisaria de ser boa atrás.

Portugal acabaria assim com o défice de conhecimento e reconhecimento que hoje tem no mundo.

Internamente, vários problemas estruturais tenderiam a desaparecer. O bom ambiente no trabalho seria uma constante aumentando o nível de desempenho. O abstencionismo tenderia a desaparecer, porque, qual seria o homem que não iria trabalhar com tanto petisco no escritório? O turismo, tal como já se viu, seria exponenciado, fruto da vinda de todos os homens tarados que há no mundo. O alegado problema demográfico português seria ultrapassado pois o nível de fecundação aumentaria, nem que fosse para garantir mais gajas boas para as gerações vindouras.

A nível governamental, um governo de gajas boas levantaria o moral. Para além da moral, a nós homens, levantaria também outra coisa. E depois, quem seria o tuga que se improtaria de ser fodido por tal governo? Quanto mais no sentido literal do termo melhor. E assim, as reformas ditas pouco populares, poderiam ir avante sem problemas de manifestações constantes à porta da assembleia da Republica que seria palco de autênticas romarias, não de protesto, mas de visitas tipo culturais.

Mulheres como a Marisa Cruz, a Bárbara Guimarães, a Isabel Figueira ou a Catarina Furtado tornar-se-iam conselheiras de Estado, e se possível colaboradoras permanentes de ministérios como os da Economia e dos negócios estrangeiros. Qual seria o empresário estrangeiro que não investiria em Portugal? Era vê-los a assinar de cruz, sempre que se deparassem com uma gaja boa à sua frente a convidá-los a investir cá no nosso burgo.

Se tivermos ainda uma gaja boa como presidente da república, mais o povo quereria uma presidência aberta.

O futuro de Portugal, quer-se queira (eu quero) ou não, está nas gajas boas. Elas são aquilo que o Michael Porter classificava como clusters, só que o gajo nunca se lembrou disso quando fez o estudo em Portugal (pode ser que o gajo seja rabeta).

Vivam as gajas boas. São elas a salvação de Portugal.

JLM
publicado por GERAL às 10:31
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2 comentários:
De MS a 6 de Fevereiro de 2006 às 16:17
Pois... é que há crises e crises! A económica é artificial e, basicamente, uma palhaçada; agora uma crise de gajas boas é gravíssimo. Deixa de haver condições de trabalho...

Essa deve ser umas das causas da tradicional tristeza dos "tugas"! É que há cada gaja mais feia no nosso país e ter que acordar ao lado delas não é fácil!!!

MS
De RdS a 6 de Fevereiro de 2006 às 10:56
Finalmente foi encontrada a razão da crise, e eu que pensava que era por razões económicas. A culpa foi da Manuela Ferreira Leite, com uma ministra destas não houve investidor nacional ou estrangeiro que resistisse - FUGIRAM TODOS.

De facto o Durão não teve juízo, o que interessa alguém, supostamente, competente? o que interessa é uma gaja boa.

Senhores Primeiros Ministros deste país, lei este artigo e encontram a solução para a crise.

RdS

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