Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007

Arquipélagos sociais ou o psico-isolacionismo felino!

Estranhamente ou não, apesar de vivermos milhões em poucos metros quadrados, vulgo Metrópole, invariavelmente, salvo raras excepções, não deixamos de passar despercebidos ou incógnitos na apatia do ritmo quotidiano de uma existência banal da sociedade moderna.
Somos “comunidade”, “povo”, “cosmopolitas”, “cidadãos” e até “vizinhos”, mas será que nos conhecemos uns aos outros, que nos preocupamos uns com os outros e que nos ajudamos uns aos outros?
Será? Será?... Deixa cá ver… quantos de vocês (eu incluído) já se “desviaram” de um acidente na estrada, sem parar para ver se alguém precisa de ajuda … Ou, “viraram” a cara para não ver uma senhora de idade aflita no passeio porque lhe roubaram a carteira … Ou, “afundam” a vista na soberba refeição, comodamente instalados num restaurantezinho à beira-rio, para não verem as inestéticas faces esfomeadas de uns pequenos vagabundos que teimam em desvirtuar a bela paisagem adjacente …
Ou, mesmo no elevador com o vosso/a vizinho/a (que nunca viram mais gordo/a) cujos “borbotos de angústias”, demasiados evidentes, apenas nos leva a articular (e com um esforço sobre-humano) “Bom Dia, como está? (rezando intimamente para que ele/a não leve à letra o “como está?” e desate a “desfiar” o rosário da sua vida) desejando ardentemente que o elevador seja extra-turbo-rápido (“UFA! Finalmente saí…Safo!”).
E em casa? A “família”, aquele arquipélago de intimidade que arrasta fortes emoções, mas que, a mesmo tempo, também encerra em si “Berlengas” escondidas ou não assumidas protegidas por inexpugnáveis fortificações (ao melhor estilo da Idade Média) mentais movidas por inconscientes / conscientes “lavas” de interesses, desejos, expectativas e sonhos que abundam na natureza humana.
Como um Naufrago, cercado por um mar de paredes, apenas com a televisão (o perfeito substituto, é muito mais fácil, só debita imagens e palavras sem pedir nada em troca – Fixe!) por companhia, o que queremos é “o nosso cantinho e que nos deixem em paz”. “Tipo” gatos, enroscamo-nos, fazemos “ron-ron”, mas “não chateiem”…
Aparentemente somos todos muito “normais”, comemos, dormimos, aprendemos, trabalhamos, socializamos, casamos, temos filhos, evoluímos, blá, blá, “bláblamos” … E no entanto … qual uma jangada à deriva por entre ilhas e arquipélagos, sem encontrar um porto de abrigo nas enseadas sociais que nos circundam, qual florestas de concreto desprovidas de sentimentos, vamo-nos “isolando”, fechando portas e estores, protegendo os nossos “tesouros” … Mas de quê?
Não faço IDEIA!
Adiante! Todos temos “círculos” de amigos, “grupos” com quem nos damos no trabalho, nas colectividades, ou noutro local qualquer, mas dificilmente se forma um conjunto (matematicamente falando), Um Todo!
Apenas, aparentemente, formamos um elemento lógico, uma identidade, ou diversas identidades (consoante o meio e o grupo onde nos movemos), qual moléculas prostitutas, movemo-nos de célula em célula, vendemo-nos e adaptando-nos em função da sobrevivência e de mais uns degraus na ascensão … seja ela qual for…
As razões vão ficar para outro texto.
E agora como vou terminar isto?
Para já fica assim…
RdS
publicado por GERAL às 14:50
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Terça-feira, 27 de Novembro de 2007

Democracia Vs Sexocracia.

Saudações a todos os desprevenidos que vão passar por estas linhas!
Realmente, só por engano é que alguém vai ler o que aqui está escrito. Quem já conhece… clica logo para outra página.
O título é absurdo? Talvez… Não sei se é de todo absurdo. Até há poucos anos pensei que vivia numa democracia, representativa é certo, mas uma democracia. Depois comecei a ouvir umas estórias… Provavelmente também as conhecem…
Por exemplo, aquela de um rapaz que era Secretário de Estado e convidou para assessora de comunicação uma pequena que, coitada, ainda ninguém tinha reparado nos seus fantásticos atributos linguísticos. Lá estava ela a tirar bicas, a servir bebidas, a … e outras coisas… enfim a comunicar com os fregueses e ninguém reparava que se estava a perder um recurso importantíssimo. Nem percebi porque é que os jornais fizeram aquela escandaleira. A rapariga não comunicava bem? Até era brasileira e tudo. Os brasileiros são comunicadores natos. Logo…
Ou, ainda, as “subtilezas” que se ouviram de um determinado Primeiro-ministro, por acaso esteve muito pouco tempo no poder, acerca das suas assessoras. Ou, já agora, das preferências sexuais do actual PM. Ou, novamente ainda, os escândalos de determinada instituição e do envolvimentos de resmas de figuras publicas, que ainda não vieram à luz do dia, em formas alternativas de “comunicação”.
E pelas terras “estrangeiras” o cenário é diferente?
Mas isto é novidade? Nããããã!
Já no passado, tanto nosso como “lá de fora”, existem inúmeros exemplos de idênticas (bem, idênticas, idênticas também não digo, porque a imaginação é fértil e a evolução é grande neste campo) práticas de sucesso neste capítulo. Vejamos, o período vitoriano, que atingiu o seu expoente máximo em terras de Sua Majestade com a rainha Elisabeth, foi pródigo em soluções de cariz,…, bem, em comunicação não verbal. Segundo rezam as más-línguas, os assuntos complicados do reino eram regularmente resolvidos em audiências íntimas.
E os nossos amigos Romanos? Se alguma dúvida ainda existe nos espíritos dos mais conservadores, talvez seja interessante recordar as orgias e demais festins que esses senhores popularizaram por toda a Europa. Ou ainda, mais recentemente, o exemplo que veio do lá de lá do Atlântico e do seu Ex-Presidente.
Mas para que é que serve esta conversa toda?
Para uma coisa apenas. Para perceber que não vivemos em democracia e sim em sexocracia. (Independentemente do regime que se impôs, na prática, esta foi a sua verdadeira ideologia) Há que assumir as coisas como elas são. Andamos a fingir há demasiados anos que o sexo não existe. Só para fins reprodutores é que é socialmente aceitável.
Mas o que é que constatamos?
Que o Sexo é o verdadeiro poder! Tudo o resto são manobras de diversão para esconder esta realidade.
Ou seja, todo o grande objectivo de qualquer político, economista, empresário, etc, que se preze… É o SEXO!
Por que é que cheguei a esta conclusão absurda? Pelas inúmeras estórias que ao longo da História vão acontecendo. Ou seja, todo o desenvolvimento, todo o poder, todo o conhecimento, visa apenas “F….r” melhor.
Já que é assim, porque é que insistimos em chamar democracia? Ao menos as “Ditas Duras” eram mais transparentes. O nome dizia tudo. Era o assumir pleno do falo enquanto mandam-te da nação.
Assim, proponho, num espírito de transparência e de clareza, que renomeemos a Democracia. Sexocracia é só uma ideia. Consoante os gostos poderão surgir outras nuances que também se poderão considerar, como….. Falocracia, Cunilingocracia, Coitocracia, Felaciocracia, meretrizocracia, entre outros.
Penso que seria mais adequado.
Os parlamentos poderiam passar a designar-se como Órgiamentos, instituía-se os foditoriuns e os masturbatoriums, os governos passavam a ser verdadeiros depósitos de chulocratas e folíticos.
Sinceramente, era mais honesto, ao menos quando fosse votar (se calhar neste caso, a questão do acto de votar teria de ser repensada – deixo ao critério dos leitores esta questão. Se quiserem enviem sugestões), já sabia que ia ser F…..do.
Se pensar bem, com este pequeno desenvolvimento, talvez se encontre o 5º Ismo. Deixa cá ver… Talvez…. Chupismo? Ou Sexismo? Ou Sessentaenovismo? Ou Abertismo?
Isto foi tão profundo que já chega.
RdS
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publicado por GERAL às 10:34
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Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007

Democracia? Onde?

Caríssimos cibernautas, cumprimentos!
Após longos meses de ausência deste espaço de escárnio e maldizer, regressei. Confesso que, após este período de abstinência, continuo a olhar para o país com demasiadas dúvidas, para não dizer “certezas”, sobre este rumo de tão apregoado “sucesso”.
Continuamos “determinados” e a “trabalhar” afincadamente para rapidamente sairmos desta indefinição de sermos um país “Em vias de desenvolvimento” e abraçarmos o comboio da frente, atingindo, finalmente, esse grande patamar dos países “Subdesenvolvidos”!
Pois, a continuarmos com este rumo, em breve estaremos a par da poderosa Venezuela, esse grande país de liberdade de expressão e de exemplo de reformas sociais. Mas, porquê compararmo-nos com a Venezuela? Devíamos ir mais longe! Temos de ser ambiciosos! Porque não atingir o nível do Zimbabué ou da Coreia do Norte, ou mesmo do Irão?
Ainda faltam alguns passos a dar, penso que até ao final desta legislatura deve ser possível fazer as “reformas” necessárias e que ainda tardam. Por exemplo:
- Reeducar a comunicação social – Como é que se pode trabalhar em paz com estes senhores a colocar “pedras” na engrenagem! Penso que eles ainda não entenderam o verdadeiro alcance das políticas do governo. Estão sempre a “inventar/descobrir” novos assuntos que, se não forem bem explicados, podem dar uma má imagem, ou mesmo deturpar, as boas intenções de quem manda. Isso não pode ser! Fechem já a imprensa privada!
- Acabar com os Sindicatos de vez! Não se pode evoluir num clima de constante crispação social. Estes senhores até podem ser necessários quando temos governos Capitalistas, mas com um governo Socialista? Como andam um pouco baralhados, o melhor é recolherem-se para meditação, durante muitos anos. Atrapalham menos.
- Usar a polícia, o SIS, as escutas e todos os meios ao alcance para “auscultar” e “orientar” o povo. Não se pode correr o risco de haver mentes que tenham a ousadia de pensar algo diferente (só uns poucos, devidamente autorizados e organizados em pequenos partidos políticos. Só para dar a imagem de que existe algo para além do governo. Mas nada de muito perturbador! Não se pode correr riscos).
- Eliminar a educação! Não se pode governar descansado enquanto houver uns cretinos que querem ensinar. O pior de tudo, é que pode haver quem queira aprender. E se aprende algo diferente do que é politicamente correcto! Anarquia!
- Impostos - Estão demasiado baixos! Ainda há quem compre bens supérfluos. Não pode ser! O salário só deve dar para subsistir com muita moderação. Não estamos em época de desperdícios. Além disso, os governantes necessitam de muitos recursos para esbanjar e para alimentar os amigos.
E “prontos”!!!
Por hoje já chega. Amanhã talvez continue….
RdS
publicado por GERAL às 10:55
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