Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008

Cinema Olímpia

 

Fica perto do coliseu em Lisboa e era a sala destinada aos filmes pornográficos, de sessões contínuas. Parece que agora já não é bem assim, e Lisboa deixou de ter um espaço destinado a uma franja da população (homens maiores de 70 anos, sem possibilidade de acesso à internet, e que preferem nestas coisas as visualizações em grande ecrã) para substituir por uma coisa qualquer, se não me engano, espectáculos do Filipe La Feria..
 
Olímpia faz também lembrar um acontecimento planetário, que decorre de 4 em 4 anos, tendo os mesmos decorrido este ano em Beijing (ou Pequim – os puritanos que discutam qual a melhor designação) na China.
 
A competição, a maior do mundo no que se refere ao desporto, começou no passado dia 8, com o tradicional espectáculo de abertura que fez com que os biliões de pessoas que o seguiram, ficassem com os olhos em bico. E terminou ontem, com mais um espectáculo de pôr os olhos em bico, e com a consagração de vários atletas e vários países como sendo os grandes vencedores destes jogos.
 
A China foi a nação reinante, tendo conquistado mais 15 medalhas de ouro do que os Estados Unidos. Estes, maus perdedores, preferiram internamente utilizar outro critério (número de medalhas total) para se auto-consagrarem como a nação vencedora da 29ª olimpíada. No campo individual 2 atletas brilharam acima de todos os outors – Michael Phelps na natação, com as suas 8 medalhas de ouro e quase tantos (7) recordes mundiais, e o jamaicana Usain Bolt que venceu as 3 provas de velocidadade na pista de atletismo com novos recordes munidiais também. Bekele do Quénia foi talvez o atleta que completou o pódio das personalidades, com a sua dupla vitória nos 5000 e 10000 metros.
 
Nestas coisas das competições, olímpicas ou não, há pois sempre vencedores e vencidos. Qual o rótulo que se pode pôr a Portugal no que se refere a esta competição em particular?
 
Julgo que, acima de tudo, vai depender dos critérios que vão ser usados, e do tipo de comparações, a vários níveis, que se podem fazer em relação a outros países em matérias de desporto.
 
Portugal ganhou nestes jogos 2 medalhas, como é sabido. Uma de ouro (Nelson Evora), e outra de prata (Vanessa Fernandes). Nós, que nunca nos demos muito bem com estas coisas das olimpíadas (o Phelps só nestes jogos ganhou o dobro das medalhas de ouro que Portugal já ganhou em todas as suas participações), chegámos à conclusão que no fundo, tínhamos tido a melhor participação de sempre nas Olimpíadas. Um final relativamente feliz e que contrasta com o pessimismo que se fez notar no final da primeira semana dos JO onde, fruto de declarações patéticas e infelizes de vários “atletas” e fruto de não termos conseguido nenhuma medalha até àquela data, já todos se insurgiam com (mais uma) fraca prestação da delegação olímpica. Curioso no entanto verificar que esse pessimismo contrastava (não é Portugal um país de contrastes?) com um manifesto optimismo que se sentia e era propagado por todo o Portugal antes mesmo dos JO começarem. Pela primeira vez parecia haver um plano, um objectivo (quantificado – queriam-se 4 medalhas e 60 pontos), e uma vontade de espalhar o charme lusitano na área do desporto.
 
Não deixou depois de ser curioso, tristemente curioso, que todas aquelas críticas (umas justas, outras nem tanto) caíram no esquecimento após a conquista das duas medalhas. É perigoso, na minha opinião, passar de besta para bestial. Mais perigoso do que passar de bestial para besta que é a situação mais comum e por vezes mais criticada. Num momento, o presidente do COI português resignava-se e pretendia demitir-se, noutro momento, dias mais à frente dizia-se disponível para continuar. Fruto tão só de 2 medalhas, e de um 45º lugar num ranking (não oficial) de nações vencedoras de medalhas nestas olimpíadas, e dentro de um conjunto de 204 nações (se não me engano) participantes.
 
E é perigoso porque características muito “tugas” como o laxismo, a (falta de) atitude, a (falta de) objectivos, a (falta de) profissionalismo, a (falta de) estratégia, a (falta de) exigência, ou o “coitadismo” vêm ao de cima. Não, não vou dizer que todos os portugueses têm essas características. Vou sim dizer que comprovadamente, ao longo da nossa história, tal tem repetidamente acontecido, seja em que área fôr, e o desporto, o nosso triste desporto, muitas vezes confundido com futebol, tem sido assim.
 
Mas continuo para bingo. Foi ou não Portugal um perdedor ou um vencedor. Para mim, opinião apenas, e nisto cada um terá a sua, foi um óbvio perdedor. Por vários motivos, e agora vou fazer as tais comparações que já antes mencionei, e utilizar critérios que penso terem a sua relevância.
 
Foi desde logo um perdedor porque não conseguiu atingir os objectivos propostos. Acho muito bem, uma vez mais, que se tenham proposto objectivos, quantificáveis (e atingíveis) para a delegação olímpica participante. Acho mal que não cumpridos esses objectivos, tudo volte ao mesmo, sem dedos a apontar a quem se deve apontar, e mais do que isso tentar perceber as razões dos objectivos não terem sido cumpridos. Vá já irei.
 
Depois há a questão das comparações. Com quem nos devemos comparar para saber se estivémos ou não bem, e que tipo de critérios devem ser utilizados nessa comparação. Correndo o risco de tornar este post um pouco prolixo, vou fazer algumas constatações.
 
- A China foi o grande vencedor destas olimpíadas. Ganhou 100 medalhas, 51 delas de ouro. A China tem uma população 130 vezes maior do a que de Portugal, o que teóricamente poderia levar as pessoas a pensar que, proporcionalmente, deveriam ter ganho 130 vezes mais medalhas do que nós. Não aconteceu, o que é um facto. Mas a China está nas competições olímpicas desde 1984. E desde esse ano tem vindo progressivamente a ganhar terreno aos outros, afigurando-se neste momento como a maior potência do desporto a nível mundial. Utilizar o critério da população ou ainda do tamanho do território proporcional pode ser um engano.
 
- A esse nível, e apenas como exemplo marcante, os Estados Unidos ganharam 110 medalhas, 36 de ouro. A população dos Estados Unidos (300 milhões de pessoas) é pois 30 vezes maior do que a de Portugal, e o número de medalhas foi superior à da proporção da população;
 
- No outro extremo, temos por exemplo a India, 2º país mais populoso do mundo, e que ganhou nestas olimpíadas 1 medalha de ouro e 2 de bronze. Tendo a India uma população de 1000 milhões, teoricamente deveria ter ganho, quando comparado com Portugal, 100 vezes mais medalhas do que nós, portanto. 200 medalhas pois, repartidas entre ouro, prata e bronze.
 
Não sendo pois o critério populacional algo onde nos devamos apenas basearmo-nos para fazer este tipo de comparações, talvez seja bom combinar outros critérios para que uma comparação efectiva se possa fazer. Possívelmente até se poderia utilizar um modelo com contornos matemáticos, onde conjugando vários factores poderíamos ver se a nossa participação foi de sucesso ou não. Nesses factores poderíamos ter, para além do critério “população”, critérios como o desenvolvimento económico e social, o clima e geografia do país, as infra-estruturas desportivas, a história e cultura desportiva de cada nação ou ainda (os eventuais leitores simpatizantes do bloco de esquerda vão detestar) a própria etnia ou raça. Vou explicar o mais sumáriamente o porquê desses critérios serem também importantes:
 
- Desenvolvimento económico – É crível e sustentável que nações mais desenvolvidas (pode-se utilizar entre outros critérios como o PIB per capita para se afigurar quais as nações mais desenvolvidas) possam ter teóricamente mais sucesso no desporto que outras menos desenvolvidas. Desenvolvimento económico pode criar maior propensão e potencialização de actividades e práticas desportivas. A grande maioria dos países medalhados nestes (e noutros) JO pertencem a países desenvolvidos (uns mais que outros) económica e socialmente;
 
- Clima e geografia – Se calhar um pouco ligado à questão étnica / racial. Seja como fôr, é natural que países com determinadas condições geográfico-climáticas sejam à partida mais propensos para serem mais competitivos em alguns desportos do que outros que não têm tais características. Talvez se veja mais esta influência no que se refere aos JO de Inverno, onde lógicamente não será a Jamaica, o Equador ou Cuba os vencedores antecipados das competições;
 
- Infra-estruturas desportivas – possívelmente o critério com maior peso. Mas intrinsecamente ligado aos factores de desenvolvimento, de política e da cultura em relação ao desporto. Se olharmos para o top 10 do ranking dos países vencedores / presentes no pódio de todas as olimpíadas, constata-se com facilidade que todos eles sem excepção possuem boas, quando não excelentes, infra-estruturas desportivas. Por outras palavras – existem ovos para se fazerem omoletes;
 
- História e cultura desportiva – Aí não há volta a dar. Há países onde o desporto é quase como que um complemento de vida. MaIs do que complemento aliás. Parte integrante da mesma. Impera a filosofia do “mens sana in corpus sano”. Algo que vem desde a nascença, tal como outras coisas como a EDUCAÇÃO. Algo a que Portugal não está habituado. Talvez o país onde essa filosofia mais impere seja a Austrália. Desde sempre um país com óptimos resultados no campo desportivo (em vários desportos), apesar da sua diminuta população. Longe no entanto de pensarmos que apenas a Austrália estará nesse conjunto (grande) de países. Estados Unidos, parte significativa da Europa, Brasil entre muitos outros têm filosofia idêntica. E filosofia ecléctica sem dependência-quase-narcótica em relação a apenas um desporto, que é o que acontece em portugal, onde só o futebol parece interessar;
 
- Política – Já foi chão que talvez tenha dado mais uvas. Nos tempos da guerra fria, os blocos antagonistas guerreavam-se nos JO. Era ponto de ordem o sistema dito socialista apregoar a sua supoerioridade através dos bons resultados no desporto. Enquanto houve URSS, esta era quse invariávelmente a grande vencedora de quaisquer JO, não sendo de todo raro, vê-la a acompanhar nos lugares de mérito no monte Olimpo os seus satélites da altura, com larga predominância para a (felizmente) extinta RDA ( o “D” sempre este mal nessa designação), país que ainda hoje detem alguns já velhinhos recordes do mundo em várias disciplinas de vários desportos. Descobriu-se depois que algumas mulheres vencedoras de medalhas tinham pêlos púbicos a nascer na sola dos pés, o que poderá querer dizer que ou eram marcianas, ou então algo de estranho se passava a nível de laboratório. Mas nesses tempos quase tudo valia, e o controlo anti-doping não era o que é hoje. Apesar dos tempos serem outros, é no entanto ainda visível o efeito da questão política. Cuba é um excelente exemplo disso, onde não obstante a excelente auqlidade dos seus atletas, o clã Castro continuará a querer afirmar nesta vertente do desporto, a superioridade do socialismo. Constate-se que a herança soviética deixou, para bem desses países, sementes e o que é facto é que, se juntarmos as medalhas de todos os países que compunham a URSS, então o total de medalhas ultrapassaria largamente o dos EUA e os da China;
 
- Etnia / raça – os bloquistas que me desculpem. Mas eu sinceramente não vejo que nos próximos 3 séculos haja um branco a ganhar provas de corrida (já nem digo de velocidade apenas) no atletismo, tal é a superioridade que atletas negros têm. Lembre-se que o Obikwelu é...português. Assim como não vejo atletas negros a ganhar medalhas na esgrima ou na natação. Possívelmentge ganhariam. O facto é que não ganham. E há potências (EUA à cabeça) que têm negros nas pistas e brancos nas piscinas. Questão de racismo? Eu não sou. Mas não gosto que me patem os olhos com evidências que são fáceis de constatar.
 
 
Ora bem, posto o acima, vamos então ver onde é que Portugal se pode posicionar para fazermos uma comparação o mais justa possível. Teóricamente, digo desde já que Portugal se devia comparar aos países que geográfica, política ou económicamente estão-nos próximos. Por outras palavras – países da UE ou dentro do continente (essa designação demodé) europeu. E dentro destes, países com uma demografia semelhante à nossa (há variações incontornáveis, mas ponhamos um limite populacional máximo de 25 milhões de habitantes e um mínimo de 4). Não nos comparemos pois com uma Alemanha, com 80 milhões de habitantes, ou com um Reino Unido com 60. Mas sim com os seguintes apenas como exemplos:
 
- Bélgica
- Austria
- Suiça
- Dinamarca
- Suécia
- Noruega
- Republica Checa
- Hungria
- Irlanda
- Holanda
- Eslováquia
- Grécia
- Estonia
- Lituânia
- Croácia
 
Se o critério fôr o número total de medalhas ganhos nesta edição dos JO, então estamos em ultimo lugar, a par da Bélgica e da Estónia.
Se o critério fôr o tipo de medalha, valorizando as de ouro, então países como a Irlanda, a Sérvia, a Lituânia, a Croácia, a Grécia e (pasme-se) a Suécia estão atrás de Portugal independentemente de, todos eles, terem subido ao pódio mais vezes do que Portugal.
 
Não fiz a comparação histórica com estes países. Até porque essa comparação seria em muitos casos bastante subjectiva (há vários países que estavam englobados na URSS como exemplo, outros que se “partiram – Rep. Checa / eslováquia, etc), mas quer-me parecer que à primeira vista, com uma ou outra excepção (Irlanda?) todos eles já conquistaram mais medalhas quer de ouro, quer no total na histária olímpica moderna.
 
E também não fiz comparações com outros países bastante diferentes na sua economia ou na sua demografia porque haveria casos onde ganharíaos e perderíamos claramente consoante o caso. Ganharíamos quando comparados com um Vietnam, com quase 80 milhões de habitantes, por exemplo. Mas perderíamos quando comparados com uma Jamaica (muito menos populosa e mais pobre) ou com um Quénia (muito mais pobre)
 
Posto o acima, chego às seguintes conclusões:
 
- Portugal não tem uma cultura desportiva para além da do futebol, único responsável aliás pela difusão (diária) de 3 jornais ditos desportivos. Pena que mesmo no futebol, os títulos ganhos até agora resumam-se a títulos de clubes e não de selecções (os mais puristas e nacionalistas dirão que já vencemos várias competições nos escalões de júniores)
- Portugal não tem infra-estruturas desportivas que se prezem no sentido de potencializar a prática do desporto;
- Portugal não tem uma exigência no que se refere a resultados desportivos (já para não falar de outras coisas) e tal viu-se claramente na atitude de vários atletas que estiveram em Pequim;
- Nem mesmo onde somos manifestamente bons e damos ou demos cartas a nível mundial (hoquei em patins como maior exemplo) foi Portugal capaz de ganhar uma medalha nos únicos JO (Barcelona 1992) onde essa modalidade gozou de um estatuto de modalidade “convidada” com direito a pódios e medalhas;
- Portugal teve as suas 4 medalhas de ouro numa única modalidade – atletismo – fruto de atletas verdadeiramente excepcionais que tiveram não mais do que algum apoio estatal (relembro que o ex campeão europeu de 100 e 200 mts – o “nosso” Obikwelu treina-se em Espanha)
- Portugal tem também um indíce de sub aproveitamento nas medalhas potenciais maior que a dos outros países. É fácil constatar que um país como os EUA teve grande insucesso por exemplo nestes jogos onde algumas medalhas previstas não lhes foram atribuídas (exº provas de velocidade no atletismo, mais concretamente as das estafetas dos 4x100). Mas compensaram com outras onde provávelmente não seriam favoritos. Portugal tem em modalidades como o tiro, a vela, o judo atletas muito bem posicionados no ranking europeu e mundial mas que depois claudicam no grande momento chave da sua vida desportiva. Quer-me parecer que tal acontece mais aqui do que em qualquer outro país com os quais nos podemos e devemos comparar;
- Sendo Portugal um país composto maioritáriamente por uma raça ou etnia – a latina – também não é pelas nossas características físicas – que podemos arranjar uma desculpa. A melhor comparação é mesmo com a Espanha aqui ao lado, gigantesca potência desportiva a nível mundial e que se concentra também noutros desportos que não só o futebol (onde para grande desgosto nosso – ou pelo menos de alguns – até ganharam com inteira justiça o Euro2008).
 
Não é pois no desporto que Portugal, a não ser que se mude muitíssima coisa, vai dar carta seja nos JO seja em qualuqer desporto, e isto por muito que dôa aos mais nacionalistas e patriotas. Ser patriota é também ver o que está mal e o que pode ser mudado para melhor. O difícil depois é mesmo mudar, e não sendo pessimista, sou realista ao ponto de dizer que dificilmente teremos melhores resultados do que aqueles que tivémos nestas olimpíadas. Desenganem-se contudose pensarem que foram bons resultados. Foram não mais do que medíocres.
 
E daí voltar ao título do post. Cinema Olimpia. Porque no desporto, como em muitas outras áreas, parece que o filme, pornográfico na sua essência, acaba por ser sempre o mesmo.
 
Por fim, sou apologista de uma organização dos JO em portugal. Por vários motivos, entre outros, que enuncio:
 
- Porque, sendo um investimento gigantesco para um país (mais concretamente para uma cidade), não deixa de dar uma visibilidade e reconhecimento ímpares no mundo inteiro. E falta de visibilidade é o que não nos falta nas mais diversa áreas, desporto sendo apenas uma delas
- Porque um país que organiza JO tem invariávelmente, fruto de uma preparação cuidada que estou em crer que poderia haver, excelentes resultados desportivos (vejam-se os casos da Espanha, da Coreia do Sul ou da Austrália, resultados que inclusivamente ditaram continuidade). Veja-se ainda a este título, os resultados que uma Grã-Bretanha teve nos JO de Pequim, algo que com certeza os subditos de Sua Majestade andaram a preparar com cuidado e que serveirá de trampolim para o que vai ser uma excelente campanha britância nos jogos que eles vão organizar já em 2012 em londres;
- Porque dotaria o país, ou pelo menos a cidade que organizaria (invariávelmente Lisboa) de excelentes infraestruturas desportivas
- Porque há mais desporto para além do futebol (mais uma vez o futebol) onde já estamos preparados para organizar um mundial, desta feita em parceira com a Espanha (haja algum bom senso, pelo menos)
- Porque a nível organizativo, independentemente do que se passou à posteriori (é uma vergonha o que fizeram com o espaço da Expo após o encerramento desta), já fomos capazes de demoonstrar que a organização foi boa em vários eventos (a Expo 98, o Europeu de futebol, o torneio do grand Slam, etc)
- E porque, mesmo sendo um investimento gigantesco, o que é mais ou menos certo, é que eu não tenho conhecimento de nenhum país / cidade que tendo organizado uns JO tenha entrado em bancarrota à ocnta disso. Antes pelo contrário, os países / cidades ganharam em reconhecimento, notoriedade, e inclusivamente (não esmiucei) não ficaria surpreendido que os “resultados líquidos” da organização dos JO  tivessem sido positivos.
 
Mas nós temos outras prioridades, porque acima de tudo somos um país que quando investe, fá-lo pela certa, e sem que a população seja chamada, toda ela, para comparticipar nos investimentos. A factura já estamos sempre habituados a pagá-la. Que se pague  por uma coisa que valha a pena. Nem que seja lá para 2030 (antes nunca poderá ser porque as câmaras e o país estão já falidos).
 
 
Saudações desportivas e olímpicas
 
JLM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
publicado por GERAL às 13:13
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