Agora reparo que nunca escrevi nada sobre futebol, não que seja importante ou tenha interesse (neste campo este texto partilha do mesmo interesse dos outros que tenho escrito, ou seja: nenhum!), não sou adepto fanático nem um entusiasta fervoroso, o que não invalida que seja uma estreia.
Percebo pouco da psico-estratégia de colocar 11 acrobatas do esférico, absurdamente bem remunerados, a “rebolarem” pela relva com outros tantos, em manobras, por vezes, sadomasoquistas de domínio territorial (muito parecido com as lutas territoriais de alguns animais selvagens) com a suprema finalidade de marcar um golo. Mas dá-me “bué” gozo ir a Alvalade (SIM!!! Sou Leão de corpo e alma) ver o meu Sporting jogar. SSSSSSSSSSSPPPPPOOOOOOOOOOOOOOOORRRTTTTTTIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNGGGGGGG!!!!!!
É fantástico!! Milhares em uníssono apoiando esfusiantemente um pequeno conjunto de prima-donas, todos de olhos postos no desejo ardente de largas à alegria e explodir em êxtases orgásticos com a penetração esférica numa abertura, demasiado grande na minha opinião, para justificar tal onda de prazer. Enfim, o maravilhoso mundo “da Bola”.
Outro aspecto incontornável do “ir à bola” é, sem dúvida, o poder extravasar os nossos sentimentos para cima de uma figura. O público vibra, urre, aplaude, xinga, mas não vive sem o árbitro – ele é a estrela! Pensavam que eram os jogadores? Nãããã!!!! Estão enganados. Nós só vamos ao futebol por causa do árbitro! A cada apitadela... A “ casa vai abaixo” .. É aproveitar ao máximo... Sai tudo cá para fora!!!!!!!!!!!!
Agora que penso nisto vejo a verdadeira essência do árbitro na vida desportiva. É ele, com as suas cartolinas, que, qual maestro, vai marcando a cadência de uma sinfonia oscilante entre a condução correcta e a infâmia brutalidade da condição humana. Pois, além disso consegue que os adeptos se exteriorizem verdadeiramente, sem inibições e sem complexos.
Dando espaços ou reprimindo, evidenciando uma justiça cega, balanceando a verdade dos factos com a estrita observância da regras, imune à exaltação popular e ao rápido julgamento subjectivo, o árbitro avança depondo sucessivamente “faltas e condutas incorrectas” tentando transmitir alguma coerência na defesa da verdade desportiva e da fundamental Lei Natural - do domínio do mais forte.
UAU!! !Ganda homem”. Devia haver mais assim, já estou a ver nos empregos – PPRRRRIIIIIII!!! “Ó senhor director, tome lá um cartãozito amarelo que é para deixar a menina em paz! MMAss, ó Senhor Director!!! Se continua a tentar enfiar a boca da senhora no ... Eu avisei! PPPRRRIIII!!! Cartão Vermelho!!! Rua! Vá “pró” chuveiro acalmar os ânimos!”
E na politica? Aí nem se fala, por exemplo o nosso Primeiro, a ele ninguém lhe mostra cartão nenhum, ele é que anda a ver cartões - tudo o que não for Rosa é perseguido, mastigado e deitado à Rua. Justiça cega, mas não cheira a rosas...
Neste caso, quem poderia ser o árbitro???? Hum!... Pois, devia ser o PR. Só que... Ele perfilha de tal modo das ideias do Primeiro, com uma comunhão plena de pensamentos e de atitudes, uma verdadeira “Irmandade” (acho que se inspiraram no exemplo Polaco). Bom, se não pode ser o PR...Podíamos fazer um benchmarking a Espanha.
Talvez ... lembram-se da novela Chavez? Acho que foi um verdadeiro exemplo de arbitragem. Vejam lá! Ainda existem pessoas, Homens, com coragem para defender ideias e ideais, sem medo de criar incidentes politicamente e diplomaticamente incorrectos, de comprometer acordos económicos e financeiros, que assumem frontalmente os seus princípios. E isto aconteceu!!!!!
Foi Bonito!
E nós??? Galp??? Diz alguma coisa?? Devia ser Glup!!! Ou Glu, Glu, Glu Venuzuela. E a seguir? O nosso Primeiro recebeu com grande vigor e alarido o Presidente Chavez. Pois! O mesmo que o Rei Espanhol mandou calar. Mas não ficámos por aqui....
Logo de seguida começaram as cimeiras da vergonh... ups! Cimeiras europeias: Europa-África (Não sei o Bin esteve cá (como não se conhece o paradeiro, se calhar o convite ficou nos CTT), mas o resto não faltou à convocatória), Europa-Putin, Europa-china, Europa-Máfia (esta foi mais discreta), tratado de Lisboa (só alguns iluminados sabem verdadeiramente o que é) , etc...
Tudo ao mais alto nível, claro! Verdadeiros exemplos de democracia, de respeito com os direitos humanos, dos mais altos valores ideológicos, em suma, o supremo eixo civilizacional dos Estados Modernos. Memorável! Portugal pagou milhões em segurança, recepções, banquetes e estadias, para quê???
Foi Feio!
Mas, onde está o nosso árbitro??? Parece que não há!!! Ao contrário do que sempre defendi, só me apetece dizer: Monarquia!!! Regressa!!!! Ó D. Duarte, por favor, SEJA REI!!!!!!! Acabe com esta República de vez e ponha algum tino nos nossos políticos que eles, coitados, não sabem pensar por si, nem são capazes de cuidar de nós.
Ena!! Do futebol para as empresas, das empresas para política, que grande salganhada.
AZAR! Vou continuar. Já que a arbitragem se revela tão decisiva, porque não estende-la ao seio familiar? Pode ser bastante interessante, cada família com um árbitro em casa. Lindo!!! Cada puto ranhoso que levar uma palmada do pai, porque passou à frente da TV quando o Benfica ia tentar marcar um golo, dava direito a.. PPPRRRIIIIIIIIIIIIII!!!!! Cartão vermelho!!! Lá iam muitos pais para a rua sem ver o final do jogo...
Ou então, quando surgem aquelas desculpas esfarrapadas, de uma das partes, durante as habituais negociações pré-coito, como: “Olha querida, fazemos antes um 68, estou cansado, tu fazes tudo e eu fico-te a dever uma”.. ou “Hoje não amor, tenho muita dor de cabeça, estou com uma amigdalite cavalar e um hemorroidal lunar...”, PPPRRRRIIIIIIIIII!!!!!! Cartão amarelo!!! Mais uma falta e o árbitro “entra” em ...Substituição...Confusão...
OPS! Já me alonguei demasiado. Boas Festas a todos!!!
RdS