Saudações caros navegantes!
Passada a euforia abortífera que varreu o país de assuntos, voltamos pois aos velhos e brandos costumes da “Roubalheira” Nacional e do atentado ao cidadão que se instalou neste membro rectal da Europa.
Além dos combustíveis, que continuam na sua galopante epopeia rumo a máximos históricos de envergadura mundial (apesar da cotação do crude estar a diminuir – estas estrangeirices têm de acabar, como é que se pode roubar…quer dizer, enriquecer à vontade com diminuições de preços?), temos a OCDE a marcar pontos com mais um relatório inovador.
Pois é, Portugal tem de despedir mais facilmente! Corremos o sério risco de continuarmos a decrescer. E isso não queremos! Sem despedimentos fáceis, ágeis e “imediateis” (foi o que me saiu) não conseguimos entrar na senda do sucesso.
A nova palavra de ordem é: TOCA A DESPEDIR!
Não interessa porquê, para quê, ou qualquer outro quê, o que interessa é agilizar os despedimentos. Se não, nunca seremos competitivos. Evolução no seu melhor! Estamos em plena época do darwinismo laboral! A natureza no seu máximo esplendor! (no sentido mais animalesco mesmo)
Segundo as mentes iluminadas desta Terra (Pachecos Perreiras, Lobos Xavieres, etc) a grande solução para sair da crise e para a sobrevivência nacional passa pelos despedimentos. Realmente, como é que as empresas irão ser competitivas se têm de pagar salários?
Não pode ser! As empresas não podem comportar esta situação! Não são a Santa Casa da Misericórdia! Tudo para a rua!
Senhores Gestores e Líderes deste país! O grande desafio é conseguir produzir mais e melhor sem trabalhadores. Agora é que vamos ver quem são os melhores. As empresas que conseguirem ter zero funcionários é que vão atingir o sucesso.
MAS ATENÇÃO! Não acho que seja este o caminho. Não sei se estamos em condições de conseguir produzir ou laborar sem ter de recorrer à mão-de-obra humana (arg! Que infelicidade!) portanto antevejo (provavelmente sou um visionário) uma solução melhor:
Em vez das empresas pagarem salários, devem ser os trabalhadores a pagarem para terem o privilégio de estarem empregados!
Isto sim, parece-me uma boa solução e consegue-se resolver os problemas de ambas as partes. As empresas não só diminuem os custos de produção como provavelmente ainda conseguem ver as outras despesas cobertas pelos ganhos com os trabalhadores. Para os trabalhadores é excelente, deixa de existir o espectro do desemprego.
Portanto, sejamos mais ambiciosos! Vamos saltar este passo na evolução e avancemos logo para uma solução capaz de resolver de vez a crise em Portugal.
Continuando, a CP, fiel aos princípios com que o Estado tem esfolando os seus contribuintes, ofereceu à RAVE (é tudo o mesmo) um funcionário e ainda desembolsou uns míseros 200 e tal mil euritos para que o Senhor não ficasse “descalço” com esta mudança (não vá o Diabo tece-las).
E o Tio Belmiro mantêm a sua postura, comprar a PT a preço de saldo, e ainda considera um excelente negócio para Portugal.
Por hoje chega, já sinto falta da época do referendo, ao menos tinha a esperança de que algo fundamental ia mudar no país e para melhor.
RdS
. Regresso à (a)normalidade...