Caríssimos leitores,
Este espaço não é apenas um espaço de escárnio e mal-dizer... não! É também um espaço de cultura, onde as nossas almas se podem desenvolver e desabrochar para ela.
Nesse sentido, aqui está um poema que, entendo, poderá ajudar a esclarecer as dificuldades do mundo moderno. Quem sabe, talvez um de vós tenha a explicação mas de qualquer forma deixo-vos um poema belo e contemplativo... numa forma de certo modo... eu diria... “enchouriçada”!
Porque é que uma coisa
Que se usa ao peito de lado
Se pode confundir com outra
Que não vem ao caso?
Porque é que uma decoração feminina
Séria ou louca
Se pode confundir
Com uma coisa que se mete na boca?
Perdão!
Não querias dizer isso
Foi uma malvadez, desculpem a tirania
Sei que para algumas é prazer
Mas para outras essa beleza agonia
Bom, eu gostava era de matar a dúvida.
Saber muito mais sobre a palavra
Se foi um artesão ou uma dança macabra
Porque é que o broche se chama broche?
Acho que tem muito a ver
Com a forma como se diz
Isto é, abre-se a boca em flor no Bró
E no che fica-se feliz
Há quem diga que serva para engolir
Uma tarde, uma noite inteira
Confesso que estranho seria ouvir
Querida, faz-me uma pulseira!
Há quem diga que é para admirar
Por respeito e indicar o caminho e a luz
Mas que estranho seria escutar
Querida, faz-me um fio com uma cruz!
Outros afirmam convictos
Que em vez de broches deviam ser brincos
E outros revelam-se satisfeitos
Que não se deviam só fazer os peitos
Que deviam preencher também o corpo
Transformar-se em paisagens
E quando alguém se quisesse adornar
Mostravam-se... as tatuagens
Mas porque é que um broche se chama broche?
Isso confunde com algo de impulso
Que esquisito seria ouvir
Querida, faz-me um relógio de pulso!
Tentaram chamar-lhe felattio, juncoso
Mas que italiano mais maldoso
Vai-se logo buscar aquilo
Que sem maldade se coça abaixo do umbigo
Chamaram-lhe os mais ordinários
O que se chucha de maneira exagerada
Será que se pode por no peito, pergunto
Uma mamada?
Já ouço estas confusões há muito
Bom, desde o tempo passado da minha avó
Que lembro o meu avô dizer
Querida, vamos sair, põe o bóbó!
Mas reza a lenda que foi um cavaleiro
Que perto da sua dama com uma tocha
Lhe chegava os pêlos à boca
E ela pintava o castelo com uma brocha!
Mas será que a mulher do broche pintava?
Será que nas horas vagas fazia desenho?
Que ruim seria dela ouvir
Deixa-me agarrar no pincel que te ordenho!
Chega! Basta de falar no que se repete
As palavras são aquilo que se quer
Então que se faça a um homem um alfinete
E se arranque um broche de uma mulher
Que infeliz! Que estranha designação
Eu não esqueço mas dou de froche
Só gostava de saber mas por que raio
Um broche se chama broche?
A quem encontrar resposta a este enigma, por favor deixe o seu comentário.
Um abraço
MS