Quinta-feira, 16 de Novembro de 2006

As dores.... da Banca em Portugal

Ora boa tarde a todas(os)
 
A nossa querida Terra Estranha tem sido vítima de um recente frémito de contestação a uma das nossas grandes vacas sagradas (não me estou a referir a Lilis ou Cinhas)... a Banca!
 
É verdade. Por entre estretores de queixume do tuga, os políticos Portugueses (esses grandes profissionais da incompetência) têm murmurado – muito baixinho, entenda-se – que afinal até se podia fazer alguma coisa.
 
Então, numa fúria louca, o Sr. Ministro Teixeira dos Santos resolveu mandar escrever uns papelitos para tentar por alguma ordem na coisa. É que, infelizmente para ele e para os seus futuros empregadores, a maioria dos cidadãos já comentava desbragadamente as fugas aos impostos, as indecentes taxas aplicados pelos bancos, enfim, a roubalheira legitimada. Perante este sururu (aviso já que o uso de expressões brasileiras não têm nada a ver com português... é um estrangeirismo puro) era preciso fazer alguma coisa não fosse dar-se o caso dos habitantes desta terra estranha acordarem.
 
Vai daí, o Sr. Ministro aparece na TV a dizer que ele iria tentar fazer alguma coisa e que iria corrigir os erros da passado. Ao mesmo tempo, um dos maiores criminosos institucionais deste país – o tipo da Associação da Banca – apareceu a dizer eles – Bancos – não estavam a fazer mais do que seguir a Lei e que se o Governo achava que eles – Bancos – tinham medo então era melhor tirarem o “cavalinho da chuva”.
 
Agora é vê-los a emitir opiniões sobre arredondamentos, taxas de juro para quem quer liquidar créditos, impostos, etc... Os “fazedores de opinião” da Terra Estranha procuram ser mais contundentes que os anteriores acerca desta roubalheira da banca como se de virgens se tratassem e nada soubessem acerca do assunto... e a maioria da malta, meio sorridente, lá vai na conversa e pensa que o Governo está a fazer alguma coisa.
 
Apenas algumas – pequenas – interrogações assolam a minha alma, a saber:
 
  1. O Sr. Teixeira dos Santos já foi membro de anteriores Governos e, na altura, aprovou, apoiou e outras coisas em “ou” as medidas e Decretos que fizeram da actual Banca aquilo que ela é hoje. Sendo assim, agora está arrependido? Ou será que a Banca já lhe disse que de momento não tinha vaga nos Conselhos de Administração e ele passava a quadro supra-numerário dos Bancos? Se pensarem bem, ele já esteve lá antes, ele já ajudou a manter isto e agora, qual virgem imaculada, aparece a dizer que isto é demais... cá para mim, hipócrisia tem limites e ainda estou à espera que o anormal apareça a dizer que nem sabe o que isso é, dos Bancos.
  2. Outra questão tem a ver com os cretinos dos “opinion makers”. Sendo eles sabedores de tudo um pouco (mas sempre em profundidade) parece que só agora descobriram a realidade e os seus olhos se abriram para a luz... mas essa é uma realidade que atacou o bolso de todos os outros tugas... aqueles, da classe média, que o nosso 1º Ministro diz desconhecer. Por outro lado, dados os seus tão apregoados dotes de inteligência e dedução, quando os Decretos-Lei foram aprovados não se aperceberam de nada? Ou preferiram seguir o caminho mais fácil, do calar e ver se a “coisa” pegava com os Portugueses?
  3. Finalmente, uma pequena palavra à Comunicação Social. Agora que não há guerras no médio oriente nem atentados vistosos nem outras merdas do género já se pode falar nos verdadeiros crimes legalizados que são perpretados contra os Portugueses? Ou agora, que vão mexer no sub-sistema de saúde dos jornalistas (que por acaso até é chefiado pela mãe do Ministro António Costa... mas é coincidência!!) já vale a pena falar disto?
 
A verdade é esta: para quando começamos a falar a verdade? Quando iremos ter a coragem de dizer que são incompetentes, que são responsáveis por aquilo que passamos agora?
 
Querem vender a história de 900 anos do nosso país a um “sonho” espanhol? Para quando começar a falar da dupla tributação que somos vítimas todos os dias (como o IVA sobre os automóveis + IA ou como o IVA sobre o preço dos combustíveis + ISP)?
 
É chegada a altura de dizer basta! Basta de mentiras, basta de incompetências e de guerrinhas que não interessam a ninguém. Os patrões falam de produtividade mas apenas referem custos e não conquista de mercado, novos produtos ou expansão para novos mercados; a Função Pública fala de perseguição mas não querem melhorar os seus serviços e muito menos querem ser avaliados; os professores falam em carreira mas esquecem que faltam às aulas (com problemas sérios como por exemplo, dores na “cona” ou idas às compras... se algum professor ficar chocado, vá para o raio que o parta porque conheço demasiados exemplos e terei todo o gosto em dar-lhe os contactos) e são incapazes de criar um exame final sem erros; os sindicatos falam em perseguição dos trabalhadores mas são incapazes de fornecer uma ideia concreta para salvar uma empresa, para além de aumentos de salários; os médicos falam de perseguição mas são incapazes de comentar os atrasos que ELES provocam no sistema de saúde nem comentam os erros ou incompetências dos seus colegas; e no meio disto tudo, um grupinho de tipos sinistos tem escapado... refiro-me aos professores universitários: digam-me uma coisa, se são assim tão bons então não seriam eles capazes de dar vida a uma nova classe de pessoas capazes, com novas ideias, dinâmicas e empreendedoras, capazes de dar a volta ao País?
 
Mas afinal... só mudam mesmo as moscas não é?
 
Eu voltarei a estes assuntos, de novo, brevemente... mas quero deixar uma coisa por escrito, no Anno Dominni de 2006: o orçamento de 2007 é a pior merda que já foi parida, vamos todos passar um ano de 2007 pior que o de 2006 e em relação à habitual conversa que agora é que é, deixo a minha certeza... 2008 vai ser igual ou pior a 2007.
 
Quero que isto fique bem claro agora, a 2 anos de distância...
 
Um abraço
 
MS
publicado por GERAL às 15:21
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