Saudações a todos os que se perdem na blogesfera e vêm aqui parar por engano, se for de propósito, bem-vindos à Terra Estranha.
Estamos em crise e em crise vamos continuar a estar. Porquê?
Hoje, vou apenas debruçar-me sobre um factor motivador dessa crise – O Excesso de Produção.
Esse é o grande risco que a economia não pode correr, sob pena de retornarmos aos difíceis anos de 1929/1930. Logo temos de controlar as tendências mega produtivas. Não podemos correr o risco de saturar mercados. Senão os preços baixam, as margens baixam, a concorrência aumenta, entram novos players no mercado, as pessoas deixam de comprar porque já compraram tudo o que queriam, os consumidores vêem o seu poder crescer e tomar proporções nunca vistas, etc.
Colapso! Isto não pode acontecer.
Como se previne isto tudo?
Com controlo do consumo, ou seja, não se pode deixar os consumidores comprarem o que querem. Eles têm de compreender que não podem ter tudo e, muito menos, algum tipo de poder. Isso não interessa.
Mas como se controla o consumo?
Para isso tem de se criar um ambiente de crise. Exacto! Em clima de crise vale tudo, podem-se tomar medidas extremas, reduzir drasticamente de forma benevolente e, assim, estão criadas as condições para controlar o consumo.
Não esquecer um aspecto de suma importância: o clima de insegurança e de medo. Este é fulcral, só assim se consegue por “rédeas curtas”.
Mas, cuidado, isto não pode ser a qualquer preço. Tem de ser eficientemente controlado, ou seja com conta peso e medida. Há que continuar a consumir, com moderação, para que continue a haver margens de lucro fantásticas e ganhos alucinantes que permitam manter o statos quo.
Portanto toca a criar instrumentos e modelos económicos que espelhem este objectivo. Comecemos pelos deficits das Administrações Públicas. Crie-se um modelo de convergência.
Não é preciso mais, todas as nações aderentes vão assumir esse importante desiderato. Está dado o mote.
Conhecem o “Filme”? A sério. Não admira.
A questão é, isto faz sentido?
Não percebo lá muito destas coisas, mas reparo que a produção continua a bom ritmo, o consumo vai-se fazendo, oscilante, mas lá continua, com grandes sacrifícios da população, mas isso é apenas um mero efeito colateral.
Os grandes lucros e as grandes margens estão garantidas, os custos de produção (leia-se mão-de-obra) cada vez são menores, pelos vistos com a pobreza também se ganha dinheiro.
Além disso, esta é a verdadeira pérola, a massa estúpida de consumidores tenta manter o seu nível de vida de qualquer maneira. A que custo? Quem lucra com este custo?
Mas será que esta fantochada é mesmo necessária?
Tudo em nome do controlo da produção, ou será que existe medo de concorrência a sério?
Será tudo uma questão de mercado e de impedimento de entrada de novos players?
Talvez o risco seja mesmo elevado, podia dar-se o caso, com a entrada de novos players não autorizados nem devidamente culturalizados, sim existe uma cultura organizacional nisto tudo, de mudar o Statos quo vigente.
Aí a coisa complicava-se, tinha de haver partilha de poder nos actuais líderes.
Com uma crise este risco é minimizado e mais controlado
RdS
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