Cumprimentos!
Mais uma vez temos o nosso Estado, essa digna instituição de justiça social, com uma nova tentativa de Chular…Ops… quer dizer, Roubar… Bolas! Lá estou eu a fugir com a boca para a verdade… de justificar umas “massitas” extra aos cidadãos (vulgo contribuintes, ou melhor: Otários) para equilibrar os custos vigentes da recolha de “Lixo”.
Pois é, meus amigos! Recolher o lixo sai MUITO CARO! O Estado não pode comportar tanta despesa! Por isso, toca a analisar formas de balancear esta situação favoravelmente, ao Estado, claro.
Nós, reles bestas de desperdício, temos de ser novamente penalizados e re-pagar o que já pagamos. Isto soa-me a familiar, tem analogia com o caso do “aumento da electricidade”. Também aí, nós, monstros consumidores, estávamos a ser beneficiados, ou antes – subsidiados - no preço da electricidade.
Por isso, toca a pagar o que é justo!
Já fazemos a triagem e selecção do lixo em casa, sem qualquer contrapartida, como é óbvio, mas ainda não chega! Há que ir, ainda, mais longe. Toca a pagar o Lixo que produzimos ao Quilo!
Exacto! Questões ambientais, dizem! Temos que pagar por elas….
Tudo bem! Cá estaremos para pagar tudo, como de costume.
Mas, deixem-me só colocar algumas questões:
1) Não pagamos já impostos?
2) Se pagarmos estas novas taxas, os nossos impostos vão ser reduzidos? (Como compensação).
3) Para que servem os impostos que pagamos actualmente? Espero que não seja só para pagar os ministros e seus infindáveis staff’s (Assessores, mordomias, etc)?
4) Vamos ter descontos por fazermos o trabalho de triagem e selecção do Lixo em casa?
5) Vamos ter cartões de identificação para o lixo? (ou vamos andar a pagar o Lixo de terceiros? Sim, porque o Tuga é perito e aliviar-se sobre terceiros)
6) As embalagens e demais invólucros vão mudar? (Mais leves, mais amigas do ambiente, etc)
7) Vamos ter mais Reciclagem e mais Tratamento de resíduos?
8) Vamos poder descontar estas despesas no IRS?
9) Vamos ter melhores contentores de desperdícios, mais limpos e amigos do ambiente?
Não sei porquê, mas tenho a sensação que toda esta história só vai servir para justificar novas Taxas e/ou novos Impostos. Na prática, querem continuar, subtilmente, a ir ainda mais fundo no “bolso” dos cidadãos.
Olhem que o “bolso” tem fundo!
É como a electricidade, os combustíveis, as estradas, as comunicações, etc. Pagamos sempre tudo a triplicar, voltamos a pagar para usar e ainda acham pouco. Por exemplo: Nas comunicações, andamos anos a fio a pagar tudo e mais alguma coisa, infra-estruturas, utilização, etc.
Depois, privatizaram! O Estado recebeu o dinheiro, livrou-se de uns custos… mas quem pagou tudo (nós as alimárias do costume) ficou a ver navios. Continuamos alegremente a pagar.
Na electricidade, idem aspas aspas. Com uma inovação, foi um favor termos vindo a usufruir (e pagar, claro está) do que tem sido feito. Não merecíamos, mas como é tudo boa gente, vá! Tomem lá! E paguem!
Sobre as estradas e os combustíveis, nem sei o que dizer. A roubalheira grassa os limites do absurdo, pagamos para construírem, pagamos para comercializarem as vias, pagamos para distribuírem combustível, pagamos por pagar, pagamos para tudo e para todos. E o que vemos? Continuamos a pagar, pagar e pagar.
Será que isto não tem fim?
Esperem que ainda vão vir mais inovações - para pagarmos!
A próxima vai ser a do WC. Já pagamos o imposto sobre o esgoto, eu sei. Mas pensam que isto vai ficar por aqui? Nem sonhem! Vamos também começar a pagar por quilo, litro, ou qualquer outra medida. Vale uma mina!
Já estou a a ver um novo aparelho instalado nas sanitas – o “Evacuómetro / mictómetro”. Além disso, a obsidade vai passar a ser um desígnio nacional, quanto mais gordinhos, mais ….. A designação de “dinheiro sujo” ganha novos contornos.
E medidas que realmente tragam algo positivo, útil, que permitam um melhor aproveitamento dos resíduos e dos recursos?
Sei lá! Coisas do género:
1) Incentivar / exigir circulação de veículos híbridos;
2) Incentivar / implementar painéis solares nos prédios de modo a diminuir o consumo clássico de energia;
3) Investimento em fontes de energia alternativa;
4) Incentivos na criação de embalagens menos agressivas do ambiente;
5) Diminuição de impostos;
6) Diminuição de Assessores e demais parasitas da despesa pública;
7) Melhor aproveitamento de recursos existentes e menos onerosos, como o Sol, o vento, gás orgânico, energia das ondas, das marés, barragens, etc;
8) Campanhas de uso de papel, vidro, etc, reciclado;
9) Combate à burocracia;
10) Campanhas para a diminuição de desperdícios;
11) Legislação que incentive o uso de produtos reciclados em detrimento dos produtos usuais;
12) Implementação de medidas na construção civil (habitações, escritórios, etc) que potenciem a diminuição do consumo de energia e que sejam mais “inteligentes” com a “climatização” interior;
13) Investimento na inovação e desenvolvimento de soluções de eliminação, diminuição, recuperação de resíduos, desperdícios, energia, etc;
14) Combate à corrupção e fraude;
Ena, tanta coisa e tanto trabalho! Que horror! O melhor, mesmo, é arranjar novas taxas e novos impostos. É mais fácil, mais barato e dá milhões. Não se resolve nada, o desperdício e a poluição continuam mas, acima de tudo: ganha-se muito mais!
E nós? Reles habitantes desta “Etar efervescente de ideias iluminadas”, vamos continuar calmamente a….PAGAR!
RdS