Neste Blog – este espaço de escárnio, mal-dizer e barafunda – temos referido imensas causas de risota e crítica à Terra Estranha. E, creio, temos esquecido um pouco a génese desse problema... o Tuga! Em toda a sua potência e voracidade.
É tempo, neste espaço de “cultura” tão tipicamente Portuguesa, analisarmos esse homo, aquele... o tal.... o tipo que nos representa onde quer que vamos e o que quer que façamos.
Tal como já anteriormente referi (noutros artigos), o tuga vive numa perfeita dualidade, isto é, tem o esterótipo que vive para o mar, que somos uma nação de marinheiros e conquistadores e depois, na realidade, não tem conquistado nada nos últimos séculos. Aparentemente, o tal espírito conquistador ficou-se pela “geração de ouro” que seguiu D. João I e perdurou mais uma ou duas gerações.
Caracterizemos, pois, este fenómeno da evolução que dá pelo nome de Português:
- Não nos limitando a considerações físicas, o homem português (e também é válido para as mulheres) é tendencialmente feio. Pequeno, atarracado, com uma coloração meio estranha e de bigode tem por hábito coçar as “partes” em publico num ritual que, acredito, tenha a ver com marketing sexual ou algo do género. Gosta de cuspir e atropelar o próximo e procura sempre algo para tentar vender. Basta ver que o desenvolvimento das empresas da Terra Estranha passa, sempre, pela contratação de 400 vendedores por m2 e pela tentativa de abertura de um “negócio” (não importa qual).
- A mulher, por seu lado, costuma ter uma voz esganiçada e é tendencialmente feia, pequena e com uns quilitos a mais nas zonas mais inusitadas. Parece que descobriu agora a modernidade ao sustentar a aquisição de toneladas de revistas côr-de-rosa (tão bem referenciadas num outro artigo deste espaço, da autoria de JLM) que se pautam por resmas de artigos sobre a sexualidade e variam entre técnicas de gozo, modos de pinar e pequenos “truques” do prazer que, em bom abono da verdade se diga, são mais velhos que Abraão e já deveriam sair naturalmente (acho que é escusado estar a dizer que o orgasmo até é fixe).
- Apesar de muito apregoado, o Português não tem feitio para o negócio, se exceptuarmos o pequeno café de rua (que o dono aumenta os preços constantemente para poder comprar um mercedes modelo “pato-bravo” 2.2 CDI) ou da merceeiria de bairro (que o dono ainda é pior que o do café). O homem Português – essa fera dos negócios, esse baluarte da virtuosidade – só sabe gerir negócios em mercados fechados, dominados por uma empresa que, independentemente dos volumes de negócio ou lucro, está constantemente a despedir.
- Além disso, é tendencialmente desorganizado (daí a sua capacidade de improvisação uma vez que o desgraçado que ficou com a “batata-quente” na mão quer é despachar o assunto para poder ir ver o jogo de futebol com os amigos, no café, que aumentou os preços recentemente para pagar a SporTV que é uma empresa única... estão a ver as ligações da coisa?) e gosta de dizer mal apenas pelo facto de dizer mal. Nem sequer sabe qual o assunto em discussão mas diz mal. Por exemplo: se lhe perguntarem o que acha da introdução de neutrões nos aceleradores de partículas começa, invariavelmente, pelo seguinte discurso “Na minha opinião pessoal (temos que referir que o Português pode ter a sua opinião de terceiros.... é sua, expressa por ele, mas pertence a terceiros) acho que os neutrões deveriam tomar em linha de conta o apoio aos velhos (ou outra qualquer coisa inusitada e inopinada)”.
- O Tuga – verdadeiro paladino da rectidão – é, também, cobarde porque depois de sessões de criticas e dizer que está tudo mal, quando alguém se atreve – sim, é um atrevimento – a sugerir algo do género “Ok, então vamos lá corrigir as coisas”, olha para o relógio e diz que está atrasado para o reality show (que são cada vez mais inacreditavelmente estúpidos) ou refugia-se naquela frase que é transversal ao Tuga: “Euuu! E os outros?não fazem nada?”. O tuga não dá a cara por nada. Prefere berrar, à distância, o tradicional “deslarguem-me senão eu mato!” mas quando chega o momento é vê-los a caminhar apressadamente para casa, a coçar as “partes” e cuspir no chão.... nada como um bom escarro libertador.
- A pior coisa que se pode fazer fazer a um Tuga é pô-lo a mandar. O empregado que desenvolve a espinha servil, lambe sacos até chegar a um cargo de chefia atravessa uma transformação à semelhança de uma pupa para um borboleta. Assume um ar arrogante, os ex-colegas – que ficaram para trás porque não lamberam o suficiente – são vilipendiados e humilhados pelo novo “chefe”. Subitamente, o novo líder desenvolve gostos estranhos pela cultura (só liga o canal 2 da RTP para ver o debate sobre o novo livro de Lili Caneças), transita do jornal “A Bola” para a secção de desporto do “Correio da Manhã”, é esquisito com os gostos de carros (só admira o mercedes modelo “pato-bravo” 2.2 CDI) e vai a correr ao IKEA comprar uma estante modelo “Chupamus” em plástico para encher de livros que vai comprar à FNAC e que nunca – mas mesmo nunca! – irá ler. Selecciona os amigos entre aqueles que aparentam ter mais bens materiais e que anunciam que ao jantar só comem fillet-mignon mas quando interrogados sobre a quantidade ingerida respondem, invariavelmente, “2 tijelas!”.
- Para finalizar esta breve descida aos infernos, o tuga ambiciona ingressar na vida política (não porque pense em fazer algo em prole da comunidade mas sim porque é mais fácil sacar uns cacaus assim do que abrir um café onde tem de trabalhar). O político da Terra Estranha provém de dois ramos evolutivos distintos:
- A sua árvore geneológica está pejada de chulos... digo, políticos, ou
- Começou como Presidente da Junta e foi refinando a arte de não fazer nada... digo, da política.
Basta ver os exemplos que por lá andam (não estou a referir partidos mas sim classes) para perceber qual a adoração que existe por esta actividade. É vê-los entrar como pedintes e vê-los a sair como Presidentes de Conselhos de Administração, Empresários, Homens de Dinheiro, enfim, toda uma panóplia que advem de um grau de incompetência de fazer bradar aos céus.
Prometo que, brevemente, retomarei esta súmula de “virtudes” do (e da) Tuga, este intrépido habitante da Terra Estranha que, mesmo quando todos dizem que batemos no fundo... conseguimos descer um pouco mais.
Mas agora desculpem-me, é que descer ao Inferno de Dante para esta análise não é fácil e a mente não consegue abarcar tal evolução.
MS
p.s.: Para aqueles que vão, invariavelmente, dizer “Se dizes isto, porque não fazes diferente ó palhaço!” só tenho um pequeno comentário: eu já comecei a minha catárse ao escrever neste Blog... e vocês?
Quarta-feira, 25 de Outubro de 2006
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